sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A roda d'agua era um instrumento fundamental importãncia.



As primeiras rodas d'água, construídas pelos gregos no primeiro século antes de Cristo, eram horizontais.
Foram substituídas pelas verticais, que podem ser maiores e produzem mais energia.
Muito antes de conseguir utilizar a energia calorífica, porém, o homem, cansado de tentar domar os
ventos, experimentou a utilização e o controle da energia das águas. Como estas tem um caminho certo e
mais ou menos invariável, era mais fácil seu uso constante.

A roda d'água até hoje existem nos engenhos de pequenos sítios por todo nosso país e desempenharam
importante papel, nos séculos passados, em relação a todos os processos de produção de farinha e de
açúcar.
Ao girar, pela força da água, movimentam mós de pedra, conjuntos de martelos-pilões, para socar o
milho ou a mandioca, ou ainda pesados cilindros de ferro para esmagar a cana, extraindo o precioso caldo
açucarado com que são fabricados; o melado, a rapadura, o açúcar, a aguardente e o álcool. Essas instalações
quase não diferem das que eram usadas, durante a Idade Média, nos países da Europa.

2 comentários:

  1. APOGEU E A CRISE DO AÇÚCAR

    Durante o século XVI e início do século XVII, o Brasil tornou-se o maior produtor de açúcar do mundo e o responsável pela riqueza dos senhores de engenho, da Coroa e de comerciantes portugueses. Mas foram sobretudo os holandeses que mais se beneficiaram com a atividade açucareira.

    Responsáveis pelas etapas de refinação e comercialização, segundo estimativas, obtinham a terça parte do valor do açúcar vendido.

    O caráter exportador da economia, característico do pacto colonial (relação entre metrópole e colônia, segunda a política mercantilista), foi firmado pela maciça importação de mercadorias européias, como roupas, alimentos e até objetos decorativos, para garantir o sustento e a opulência em que viviam os senhores de engenho do Nordeste. Além disso, a participação dos holandeses e portugueses no comércio do açúcar foi fator que desviou a riqueza para as áreas metropolitanas.

    Por razões dinásticas, entre 1580-1640, o monarca espanhol Filipe II passou a dominar vastas extensões da Europa. nesse período, Portugal e suas colônias também estiveram subordinados ao domínio espanhol.

    Uma guerra de independência entre Países Baixos e Espanha levou os holandeses, conhecedores das técnicas de refino e comercialização do açúcar, a produzi-lo em suas colônias. Concorrendo em melhores condições com o produto brasileiro, causaram a queda do preço, entre 1650 e 1688, a um terço de seu valor. A crise da produção açucareira no Brasil trouxe prejuízos tanto para a economia portuguesa quanto para a colonial.

    Diante da crise da produção colonial de açúcar, o rei de Portugal, D. Pedro II (1683-1706), procurou soluções para superá-la, apoiando-se na atuação de seu ministro, o conde de Ericeira, que baixou as leis "pragmáticas". Proibiu-se o uso de certos produtos estrangeiros, a fim de reduzir as importações e equilibrar a deficitária balança comercial lusa, além de reorientar as atividades produtivos no reino e nas colônias, com a ajuda de técnicos estrangeiros.

    Estimulou-se no Brasil a produção do tabaco e outros produtos alimentares destinados à exportação, bem como intensificou-se a busca das drogas do sertão. Juntamente com a tentativa de revitalização da produção açucareira, essas medidas surtiriam efeitos positivos um pouco mais tarde, já no início do século XVIII, coincidindo com o princípio da atividade mineradora. Mesmo perdendo a supremacia no conjunto da economia colonial, o açúcar, que apresentava, nessa fase, uma rentabilidade bem menor que a de séculos anteriores e concorria num mercado bastante competitivo continuou a ser o principal produto nas exportações.

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  2. achei que faltou um pouco de capricho...morais

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